quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Artista de circo


Composição: Zé Tapéra e Zé Fortuna

Vou dizer cantando toda minha história
Sofrimento e glória e alegria e dor
Sou que nem abelha, que em constante lida
Pr'a ganhá a vida vai de flor em flor
Nasci na barraca e desde menino
Foi o meu destino sempre a viajá
O artista de circo é como neblina
Que estando no espaço ninguém lhe domina
E vai para onde o vento levá.

Se estou no trapézio arriscando a sorte
Enfrentando a morte prá ganhar o pão
E lá das altura si aplauso eu mereço
Sorrindo agradeço, acenando a mão
Quando estou no drama que a platéia chora
Eles ignora que tudo é ilusão
O meu próprio drama eu nunca revelo
Sinto a dor no peito bater em duelo
No cenário triste do meu coração.

Para o bom artista o circo é seu mundo
De cada segundo tem nova emoção
Só aquele recanto coberto de pano
Sabe o desengano do meu coração
Todas as vezes que eu entro para o picadeiro
Vejo o circo inteiro me admirá
Porém ao contrário, a realidade
Muitas vezes sorrindo quando na verdade
Sinto no meu peito o coração chorá.

De aventureiro sei que arguém me chama
Porém esta fama não mereço não
Todos que assim dizem não sabe direito
Que dentro do peito tenho um coração
Porque é no circo que a vida eu ganho
E não me acanho de assim dizer
Tenho até orguio de ser desta vida
Eu nasci no circo e de cabeça erguida
Digo que no circo eu quero morrer.

Um comentário:

  1. M A R A V I L H O S O!
    S E N S A C I O N A L!
    De uma sensibilidade incrível. Prabéns. :)

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